Moçambique, relatório do país

Image: Pixabay, International
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As primeiras eleições multi-partidárias em Moçambique, no ano de 1994, marcaram um ponto na história, pondo fim 17 anos de conflito político, instabilidade e guerra civil, e encerrando um capítulo sobre mais de um século de governo autoritário que começou com a colonização Portuguesa.

A jornada do país, no seu distanciamento da autocracia, teve início em 1990 quando o governo da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) implementou uma nova constituição pondo termo ao estado unipartidário e permitindo a liberdade de expressão e associação.

O oponente de longa data da Frelimo na guerra civil, a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) assinou o Acordo Geral de Paz em 1992 e começou a edificar um partido político e a fazer a sua campanha para as eleições. Se a Frelimo ganhou as primeiras eleições, a Renamo transformou-se numa robusta força de oposição, ganhando 38% de votos nas eleições legislativas de 1994. A democratização deu mais um passo em frente com as eleições governamentais locais de 1998 e de 2003 e com as eleições gerais em 1999 e em 2004.

Sobre os autores

João CG Pereira – é professor universitário na Faculdade de Ciências Sociais, Departamento de Ciência Política e Administração Pública, e gestor do Serviço de Opinião Pública e Democracia no Centro de Estudos de População da Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique. Lecciona ciências políticas e política contemporânea ao nível de Bacharelato e é Investigador do Afrobarómetro e do Projecto de Comparação Nacional de Eleições em Moçambique. João é candidato à doutoramento e Membro Pesquisador da Unidade de Pesquisa sobre Democracia em África, no Centro de Pesquisa em Ciências Sociais da Universidade da Cidade do Cabo na África do Sul. O seu interesse na pesquisa inclui a democratização, participação política, sistemas eleitorais, partidos políticos, competição partidária, órgãos de comunicação social, consciencialização política, comportamento eleitoral, marketing político, campanhas eleitorais e os movimentos sociais, com especial incidência nos países da África Austral.

Carlos Shenga passou a fazer parte do parlamento Moçambicano em 2001 como funcionário após o término da licenciatura em Administração Pública na Universidade Eduardo Mondlane, ocupando o cargo de Assistente Parlamentar. Carlos está presentemente a completar o seu programa de Mestrado no Departamento de Ciência Política na Universidade da Cidade do Cabo na África do Sul. O seu interesse na pesquisa inclui a democratização, boa governação, parlamento, partidos políticos, sociedade civil e comportamento eleitoral.

Series Editor: Tim Hughes
SAIIA: 2005
ISBN: 1-919969-37-3
Published by SAIIA and funded by the Royal Danish Embassy, Pretoria 

The views expressed in this publication/article are those of the author/s and do not necessarily reflect the views of the South African Institute of International Affairs (SAIIA).